Minha mãe tinha uma comadre, medium vidente, que mantinha um centro espírita em sua casa. Esta senhora viera morar em minha cidade, acompanhando o marido que era funcionário do Estado. Eram pobres e moravam num bairro muito distante do bairro em que minha família residia. Assim, só se viam muito raramente, quando havia sessões mediúnicas ou quando minha mãe a visitava, numa época em que o marido estava detido, como preso político, por ter participado do levante comunista dos anos 30 do século anterior.
Numa dessas visitas, a comadre disse à minha mãe que estava vendo uma mulher e um homem junto a ela. Ambos eram magérrimos, pálidos e tossiam muito. Ambos pareciam muito aflitos e tristes.
Em seguida, a comadre disse que a mulher, que chorava, estava pedindo que minha mãe intercedesse pelos filhos do casal, deixados com a minha avó materna. Pedia que o menino fosse tratado com mais carinho e cuidados, que não fosse tão castigado, pois ele estava sofrendo e triste por não se sentir amado. Que não o tratasse de forma tão diferente da que tratava a menina.
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