26 de julho de 2016

A Carona


Essa é a história de um amigo caminhoneiro que mora em Goiânia. Ele sempre esta na estrada ganhando o pão da família e uma vez ou outra me conta histórias de arrepiar que acontecia em suas viagens, vou compartilhar com vocês algumas dessas histórias que ele me contou pessoalmente.
Eis que uma vez, estava Ronaldo fazendo o trecho São Paulo-Goiânia. Parou em um posto de gasolina pra abastecer e comer algo. Sentou-se no balcão da lanchonete e fez seu pedido. Enquanto estava comendo, uma mulher bonita e até bem vestida sentou-se do seu lado e puxou conversa com. Conversa vai e vem deu a hora de ir embora ele se despediu e saiu da lanchonete. Quando ligou o caminhão ali estava a mulher. Ele abaixou o vidro para ver o que queria e ela pediu uma carona, disse que morava na cidade vizinha e não queria andar até lá, que apesar de perto, já eram duas da manhã. Sem hesitar ele aceitou.
A cidade era realmente perto, dez minutos depois de sair do posto chegaram ao trevo. Apontando uma esquina ali no trevo, pediu pra parar e desceu do caminhão. Ronaldo se assustou quando viu que ali era o muro de um cemitério.
“Como você tem coragem de ficar aqui? Vamos embora eu te levo em casa, não importa que seja longe.” – disse ele com medo de deixar ela ali.
“Eu já estou em casa” – disse a mulher andando em direção ao muro do cemitério e desapareceu.
Contando essa história e conversando com outros caminhoneiros, descobriu que o fantasma era de uma prostituta que residia na cidade onde ele a deixou. Ela teria sido estuprada e morta por um caminhoneiro que a pegou naquele posto. Dizem que seu fantasma fica assombrando caminhoneiros como forma de vingança. Hoje, Ronaldo sempre desvia do trecho onde encontrou a mulher com medo de vê-la novamente.

21 de julho de 2016

O misterioso punhal de Tutacamon



                                     Foto / Crédito: Daniella Comelli, Politecnico di Milano.

Um achado para se somar a uma lista de outros não menos extraordinários sobre o misterioso Tutancâmon: cientistas descobrem que o metal da arma branca do faraó adolescente não é coisa deste mundo.
Mais um dos mistérios que envolvem o faraó Tutancâmon foi desvendado. Segundo uma pesquisa publicada na revista norte-americana Meteoritics e Planetary Science, o punhal encontrado junto a múmia foi, de fato, feito com material vindo de um meteorito.
Desde 1925, cientistas tentam comprovar as "lendas" egípcias que citavam o "ferro que caiu do céu". Agora testes científicos feitos com técnicas de fluorescência de raios X indicaram que a lâmina contém 10% de níquel e 0,6% de cobalto, concentrações de substâncias encontradas em meteoritos metálicos.
O estudo também confirma o valor que os antigos egípcios davam para o ferro dos meteoritos, usados para a produção de objetos preciosos, como o punhal do faraó.
"O uso esporádico de ferro tem sido relatado na região do Mediterrâneo Oriental desde o período Neolítico até a Idade do Bronze. Apesar da rara existência de ferro fundido, é geralmente assumido que os primeiros objetos de ferro foram produzidos a partir de ferro de meteoritos", diz o artigo. "Nosso estudo confirma que os antigos egípcios atribuíam grande valor ao ferro de meteoritos para a produção de objetos preciosos. Além disso, a alta qualidade da fabricação da lâmina do punhal de Tutancâmon, em comparação com outros artefatos simples feitos de ferro de meteoritos, sugere um domínio significativo da artesania do ferro na época de Tutancâmon."
A pesquisa é fruto de uma parceria ítalo-egípcia e recebeu apoio de universidades italianas de Milão, Turim e Pisa, além do museu do Cairo. 
O faraó Tutancâmon, conhecido como "faraó menino", se tornou a múmia mais famosa do mundo e tem sido alvo de curiosidade de diversos historiadores que desejam desvendar mais mistérios sobre aquele que foi o mais jovem mandatário do antigo Egito. Falecido aos 19 anos, em 1.324 a.C, ele reinou por nove anos. 
O novo achado vem se somar a uma série de fatos extraordinários sobre o faraó, que assumiu o poder aos 9 anos e morreu provavelmente com 19. Seu corpo, descoberto em 1925, foi encontrado com o pênis ereto - não se sabe como ou por que os egípcios o embalsamaram nesse estado.
Outra surpresa é que a análise da múmia revelou que o corpo pegou fogo depois de morto - possivelmente uma combustão espontânea acendida por algum erro no processo químico de embalsamamento. As surpresas não param aí. Este ano, cientistas detectaram sinais de uma câmara secreta na tumba do faraó criança, e agora eles estão em busca de ainda mais tesouros.

Ansa / Denis Russo Burgierman (02/06/2011


3 de maio de 2016

Eliza Battle, o navio fantasma...


                       
O Eliza Battle era um luxuoso barco a vapor que navegava no rio Tombigbee, numa rota entre Columbus, Mississippi e Mobile, Alabama, durante a década de 1850. Foi inaugurado em Indiana em 1852 e que regularmente divertia presidentes e VIPs. 
Em uma noite fria de fevereiro de 1858, quando navegava perto de Pennington, Alabama, o desastre aconteceu.
Um incêndio iniciou em fardos de algodão no convés principal se espalhando rapidamente. Fora de controle o navio afundou. Homens morreram em esforços para salvar suas mulheres e entes queridos e mulheres morreram tentando salvar seus filhos. Foi o maior desastre marítimo da história do rio Tombigbee, com uma estimativa de trinta e três pessoas mortas, dos presumíveis sessenta passageiros e quarenta e cinco tripulantes.
O navio afundou cerca de 8 metros e seus restos permanecem por lá até hoje.
Durante as enchentes da primavera, tarde da noite durante a lua cheia, o barco pode ser visto saindo da água e flutuando no rio, com música e queima de fogos no convés. Às vezes apenas o contorno do navio é avistado.
Dizem que é possível ver uma placa com o nome Eliza Battle ao lado do navio. Pescadores locais acreditam que avistar a embarcação é sinal de tragédia iminente e maus presságios.
Esse desastre e suas consequências viram o Eliza entrar no folclore do sudoeste do Alabama como um navio-fantasma, com inúmeras aparições do navio em chamas a partir do norte de Pennington para Nanafalia rio abaixo.
A história do desastre e do folclore associados viraram ficção em inúmeras histórias publicadas, mais notavelmente em “The Phantom Steamboat of the Tombigbee”, um pequeno conto que faz parte do livro "13 Alabama Ghosts and Jeffrey" (livro publicado em 1969, de autoria da folclorista Kathryn Tucker Windham e Margaret Gillis Figh).


29 de abril de 2016

O relatório dos mortos


O sinistro caso de três pilotos dos aviões bombardeiros Douglas DB-7 Boston que, após uma missão de bombardeiro às defesas alemãs durante a segunda guerra, voltaram para a base com terror impresso em suas faces. O marechal que os recebeu, mandou que eles fizessem logo seu relatório e depois os dispensou para irem descansar e tomar uma cerveja.

Minutos depois o Marechal recebeu a noticia que esses pilotos haviam morrido na tal missão. Esse caso é muito interessante, pois ele deixou provas físicas da manifestação dessas três almas atormentadas, que mesmo depois de mortos redigiram o relatório que continha a forma como morreram na missão.

O caso ainda é um mistério até hoje, pois de forma alguma eles poderiam estar ali, sendo que já haviam morrido horas antes, durante a batalha, muito menos, redigir exatamente o que ocorreu na batalha. A única explicação cabível é que três sósias tomaram o lugar dos pilotos…. porém, em matéria de “hipóteses” essa é ainda mais absurda que a primeira e não leva em consideração de que os sósias teriam que estar presenciando a batalha para saber o que havia ocorrido lá.
Arrepiante, não é mesmo?

26 de abril de 2016

O mal assombrado Castelo de Chillingham


O Castelo de Chillingham é amplamente considerado como um, se não, o lugar mais assombrado da Inglaterra. Tendo mais de 800 anos, o castelo foi construído com um único propósito e um propósito apenas; matar. No coração de Northumberland, o castelo era a primeira linha de defesa, prevenindo os escoceses de chegar a fronteira para invadir a Inglaterra. Ela tem uma verdadeiramente incrível, ainda horrível, história, e por isso é um dos lugares mais mal-assombrados do mundo.
O calabouço é um pequena sala com marcas riscadas na argamassa aonde prisioneiros contavam quantas dias ainda tinham para viver. Eles podiam esperar ter seus braços e pernas quebrados antes de serem jogados 6m abaixo num buraco conhecido como o Oubliette e deixado para morrer, ou por inanição ou pelos ferimentos. Algumas vezes prisioneiros começariam a comer pedaços da carne de outros e até dos seus próprios corpos numa tentativa em vão de prolongar suas vidas. É documentado que se você olhar para baixo através da grelha cobrindo o Oubliette é possível ver os restos de uma jovem garota olhando de volta para você. Esses são os restos da última pessoa morta ali. Muitas pessoas experiênciaram coisas aqui, Orbs tem sido visto e fotografados e algumas pessoas efetivamente sentiram as emoções que a sala emana. A sala tem uma atmosfera depressiva.
Logo a frente há a Câmara de Tortura, praticamente todos os dispositivos de tortura estão em perfeito funcionamento e cada um é tão doentio e cruel quanto os outros. O chão é em forma de declive, assim o sangue naturalmente cai e se concentra para um lado do cômodo. Para milhares de Escoceces, esse foi o último lugar que eles viram. O carrasco aqui era um homem conhecido como John Sage, e ele era uma grande celebridade do seu tempo. Antes de se tornar torturador ele era um dos melhores homens em campo de batalha do Rei Edward. Sage foi ferido um dia, enquanto lutava, sua perna foi ferida e ele não pode mais lutar. Ele implorou para que Edward o mantesse em alguma ocupação e assim ele foi dado o papel de carrasco do castelo. Sage era um homem brutal, ele odiava os escocêses e ele adorava o seu papel, até desenvolvendo alguns dispositivos de tortura ele mesmo.
Há um pote para líquidos ferventes, aparelhos para retirar os olhos, barris cheio de espinhos que teriam prisioneiros amarrados dentro e rolados pelo chão até que a pele era rasgada do corpo e morriam em extrema agonia. Haviam tubos que eram enfiados no estômago de prisioneiros e um rato faminto seria colocado dentro, e a única forma para o rato sair era abrir o seu caminho por dentro da vítima, comendo-o as entranhas. Algumas coisas que os prisioneiros tiveram que aguentar nas mãos desse homem eram inimagináveis. Sage torturava mais de 50 pessoas por semana pelos três anos que ele manteve o trabalho. Há muitas máquinas de tortura em exposição. O guia nos disse que ele nunca vem aqui sozinho, por causa que ele já sentiu uma presença malevolente aqui em mais de uma ocasião.
Como a guerra com os Escoceses estava chegando ao fim, John Sage queria se livrar de todos os escoceses prisioneiros do castelo, então ele juntou todos os homens, mulheres, e adolescentes, levou-os ao pátio e colocou todos numa enorme fogueira. As crianças eram mantidas no quarto de Edward e provavelmente poderiam ver seus parentes serem queimados vivos, eles ouviam os gritos e sentiam o cheiro de carne queimando. Sage sabia que se soltasse as crianças elas voltariam quando adultas para buscar vingança. Então, ele pegou um pequeno machado e foi até o quarto de Edward e brutalmente esquartejou todas as crianças, algumas tão novas como um ano de idade, em pedaços. O machado pode ser visto hoje em dia na parede da escada. O quarto de Edward é um dos mais visitados e as pessoas frequentemente dizem que elas vêem o lustre do teto se mecher sem ser movido. O quarto tem um cheiro imundo e uma estranha atmosfera.
Na câmara de tortura também há um Rack. Sage tinha uma namorada, Elizabeth Charlton, e uma noite, eles faziam sexo no rack quando Sage começou a estrangula-la para aumentar o seu prazer sexual, infelizmente ele foi muito longe e acabou matando-a. O pai de Elizabeth era um membro do Border Reivers, um grupo de líderes tribais e foras-da-lei. Não eram o tipo de pessoas com quem se meter, e claro, eles queriam Sage executado.
Os Border Reivers era uma poderosa organização que comandava um vasto, altamente habilidoso e experiente exército. É registrado que os Reivers se encontraram com Edward Longshanks e o alertou que se ele não executasse Sage eles se uniriam aos Escocêses e lançariam um ataque massivo ao castelo. Nessa época os Escocêses provavelmente ganhariam com o apoio dos Border Rivers.
Como Edward estava virtualmente sem um tostão devido a guerra com os Escocêses, ele foi forçado a chamar Sage para ser executado. Sage foi capturado e pendurado para ser enforcado na frente de uma multidão enorme, no solo do Castelo de Chillingham. Enquanto ele sufocava, a multidão começou a pegar souvenirs, cortando dedos, testículo e nariz do mesmo ainda vivo. Não se sabe o quão longo Sage permaneceu pendurado vivo mutilado antes de morrer. O fantasma de John Sage tem sido visto vagando pelo castelo por muitas pessoas. Outros alegam ter ouvido barulhos de passos seguidos por som de alguém arrastando algo

Ainda falta mais umas parte com alguns outros cômodos e histórias do castelo

25 de abril de 2016

A Caixa


       
O pacote foi deixado ao lado da porta da frente: um cubo de papelão fechado com fita adesiva, nome e endereço escritos à mão: SR. E SRA. ARTHUR LEWIS, 217 E. 37th Street, Nova York, Nova York 10016.
Norma recolheu o pacote, abriu a porta e entrou no apartamento. A noite estava caindo. Depois que colocou as costeletas de cordeiro para assar, preparou para si mesma um drinque e sentou-se para abrir o pacote. Dentro dele havia uma pequena caixa de madeira equipada com um botão de comando. Esse botão era protegido por uma redoma de vidro. Norma tentou levantá-la, mas estava firmemente presa. Ao virar a caixa ao contrário, viu um pedaço de papel dobrado, preso ao fundo dela. Ela o puxou: "O Sr. Steward vai se apresentar a vocês às oito da noite".
Norma colocou a caixa ao lado dela no sofá. Tomou um gole da bebida e releu o bilhete datilografado, sorrindo. Alguns momentos depois, voltou para a cozinha para preparar a salada. A campainha tocou às oito horas.
— Eu atendo — gritou Norma da cozinha.
Arthur estava lendo na sala de estar. Havia um homem baixo no corredor. Ele tirou o chapéu quando Norma abriu a porta. — Sra. Lewis? — ele perguntou educadamente.
— Sim?
— Sou o Sr. Steward.
— Oh, sim — Norma reprimiu um sorriso, pois tinha certeza agora de que se tratava de uma estratégia de vendas.
— Posso entrar? — perguntou o Sr. Steward.
— Estou bastante ocupada — disse Norma. — Mas vou pegar o seu objeto misterioso. Começou a se virar.
— Você não quer saber o que é?
Norma voltou. O tom do Sr. Steward havia sido ofensivo.
— Não, não quero — disse ela.
— Poderia ser muito valioso — disse ele.
— Monetariamente? — disse ela, em tom de desafio.
Steward assentiu:
— Monetariamente — disse ele.
Norma franziu a testa. Não gostava da atitude do visitante.
— O que você está tentando vender? — perguntou ela.
— Não estou vendendo nada — respondeu ele.
Arthur veio da sala.
— Algo errado?
O Sr. Steward se apresentou.
— Ah, aquele treco — apontou para a sala e sorriu.
— O que é aquilo, afinal?
— A explicação não vai tomar muito do seu tempo — respondeu o Sr. Steward. — Posso entrar?
— Se estiver vendendo alguma coisa... — disse Arthur.
Steward balançou a cabeça.
— Não estou.
Arthur olhou para Norma.
— Você que sabe — ela disse.
Ele hesitou.
— Bem, por que não? — respondeu ele.
Entraram na sala e Steward sentou-se na poltrona de Norma. Ele mexeu nos bolsos e retirou um pequeno envelope lacrado.
— Aqui dentro está a chave para abrir a redoma que protege o botão — disse ele, colocando o envelope na mesinha ao lado da poltrona. — Esse botão está conectado ao nosso escritório.
— Para que serve? — perguntou Arthur.
— Se você apertar o botão — disse Steward —, em algum lugar do mundo, alguém que você não conhece morrerá. Em troca, vai receber um pagamento de cinquenta mil dólares.
Norma olhou atônita para o homenzinho. Ele estava sorrindo.
— Do que está falando? — Arthur lhe perguntou.
O Sr. Steward pareceu surpreso:

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18 de abril de 2016

Sonhos Premonitórios de Aberfan


Um dos piores desastres na história britânica aconteceu no País de Gales, no dia 21 de outubro de 1966, quando uma enorme avalanche de carvão soterrou a escola na pequena cidade mineira de Aberfan. Mais de 140 pessoas, inclusive 128 crianças, morreram.
Durante as semanas que se seguiram, ficou cada vez mais evidente que algumas das crianças, bem como outras pessoas em toda a Inglaterra, haviam previsto a tragédia. Na realidade, 35 desses casos foram coletados por J. C. Barker, psiquiatra inglês. Um de seus informantes foi a mãe de uma criança soterrada. Ela contou a Barker que, um dia antes do desastre, a filha de repente começou a falar da morte, explicando que não tinha medo de morrer. Ficou perplexa com aquela estranha conversa, porém não percebeu o significado das observações posteriores, relativas a um sonho estranho que a filha tivera.
- Sonhei que fui à escola - declarou a filha -, só que não havia nenhuma escola. Alguma coisa preta descera sobre ela.
Nem mesmo a menina conseguiu reconhecer que o sonho era uma advertência, e foi à escola no dia seguinte. Duas horas depois, estava morta.
Uma mulher de meia-idade de Plymouth, Inglaterra, também tivera premonições a respeito dessa tragédia.
- Na verdade, eu "vi" o desastre uma noite antes do acontecimento - relatou -, e, no dia seguinte, eu contara o sonho à vizinha, antes mesmo da transmissão da notícia. Primeiro, eu "vi" uma velha escola localizada em um vale, depois um mineiro galês e, por último, a avalanche de carvão rolando pela encosta da montanha. No sopé dessa montanha havia um menino com longa franja, com muito medo de morrer.
Então, durante algum tempo, eu "vi" o trabalho das operações de resgate. Tive a impressão de que o menino não morreu e foi salvo.
Dos muitos casos coletados pelo dr. Barker, a maioria referia-se a sonhos simbólicos, ocorridos uma semana antes da tragédia.

Fonte: Livro «O Livro dos Fenômenos Estranhos» de Charles Berlitz


9 de abril de 2016

O Filho Morto


Quando Luiz morreu, minha esposa ficou em choque por dias. Talvez eu não tenha sido tão afetado quanto ela pelo simples fato que, quando algo como isto ocorre, alguém tem de manter o equilíbrio. Se todos desabam, que rumo resta a ser tomado? Ou talvez eu apenas não tivesse assimilado a desgraça, fingindo que tudo continuava como antes.

À noite, enquanto Tatiana permanecia no quarto, sedada, eu me levantava e ia até o quarto de Luiz, ler histórias para ele dormir. Apesar da cama vazia, eu tinha a plena sensação de que ele estava ali, rindo das fábulas, as pálpebras pesadas, lutando contra o sono.
A culpa que Tatiana alimentava não era de todo infundada, Luiz estava com ela quando tudo ocorreu, cruzavam a rua, o sinal aberto para os carros, mas Tatiana jura que não havia perigo. Luiz deixou cair a chupeta, sua mãozinha se soltou da de Tatiana, e ele voltou para buscá-la.
Nenhum pai deveria passar pelo que passei, ir ao necrotério e ver o pequeno corpo do filho estraçalhado, crânio esfacelado, rosto desfigurado, quase nenhum osso intacto, após ter sido atropelado por um ônibus. Nenhum!
E tantas memórias surgem naquele momento, entre aqueles segundos em que a porta se abre e, num relance, já se pode ver o corpo embalado num saco preto, e torcendo para que, quando o médico abrisse o zíper, fosse o filho de outro, fosse uma outra criança de três anos, dominado por este egoísmo que nos faz esquecermos de que as outras pessoas também sofrem. Mas não era o filho de outro, não era um Pedro, nem um João, era o meu Luiz, quase irreconhecível com o rosto ocultado pela crosta de sangue coagulado. E as memórias nos afogam, retornando ao primeiro instante, Tatiana me ligando no celular, choro de alegria na voz, mal articulando a simples frase “Você vai ser papai!”, o coração batendo mais forte e, contagiado pela alegria dela, choramos juntos pelo telefone, e como nos maravilhávamos ao vermos aqueles borrões do ultra- som que insistiam em dizer que era o coraçãozinho do bebê, o pintinho dele, ele chupando o dedo, e a angústia do parto, todo aquele sangue saindo da minha mulher, e aquela criatura cabeçuda, enrugada, chorando e tremendo, e as recordações das primeiras noites, nós embasbacados, postados ao lado do berço, admirando o ser que havíamos concebido, e o primeiro sorriso, as primeiras palavras, o engatinhar, os primeiros passos. Tudo encerrado ao se abrir o zíper, Luiz morto; não, não era o filho de outro.
Tatiana foi para a casa da mãe. Eu estava encarregado da triste tarefa de retirar os pertences de Luiz de casa, dá-los a alguém, jogá-los fora, qualquer coisa. Mas não consegui, ao abrir a porta, vi Luiz sentado na cama, pernas balançando, olhinhos brilhando:
— Vamos brincar, papai?
Passei a tarde brincando com Luiz, mesmo sabendo que o corpo dele estava na casa funerária, sendo preparado para o velório, mesmo sabendo que Tatiana estava devastada e que adoraria estar comigo agora, brincando com nosso filho.
Como eu poderia me livrar do quarto de Luiz, se ele ainda estava lá?
Tranquei o cômodo, todos os móveis dentro.
Minha esposa retornou para casa, ainda sob influência de calmantes.
Porém, durante a sedação, ela resmungava:
— Afonso, você está ouvindo? Você está ouvindo o riso de Luiz?
E eu acarinhava os cabelos dela, aquiescendo:
— É claro que sim, Tati, ele está no quarto dele, brincando.
Pois o cadáver de Luiz já havia sido sepultado, mas ele ainda estava conosco. O que era uma grande alegria para nós, mais do que mero consolo.
Aos poucos, Tatiana se recuperou e, ao invés de ir sozinho contar histórias para Luiz, agora Tatiana me acompanhava. Ficávamos até de madrugada, mesmo após Luiz ter adormecido, sentados na cama dele, admirando-o, agradecidos pela segunda chance que Deus nos havia dado.
No entanto, numa tarde, ao chegar em casa do trabalho, Tatiana estava sentada na cozinha, pernas unidas, mãos entrelaçadas, olhar desesperado.
— O que aconteceu? — perguntei.
— Algo não está certo... — Tatiana hesitava — algo não está certo com Luiz.
— Como assim?
Sem muita confiança, ela me pegou pelo braço e me levou até o quarto do nosso filho. Eu abri a porta, mas o clima alegre, pueril, que costumava predominar, havia desaparecido. O quarto estava na penumbra, um cheiro de carne apodrecida, e Luiz de pé, voltado para a parede, num dos cantos.
— Algum problema, Luiz? — gaguejei.
Ele se virou e todo meu corpo começou a tremer; aquele menino não era o Luiz que eu conhecia, pelo menos não aquele ao qual contei fábulas nas noites anteriores. O rosto estava magro e ressecado, o olhar fundo, os braços e pernas contorcidos, o crânio afundado.
— Vocês precisam me deixar ir embora — ele disse.
— Mas você não pode — gemi — Você é o nosso filhinho.
Sem sustentação dos membros fraturados, ele cambaleou até a cama e se deitou. Fiz menção de me aproximar, para cobri-lo com o lençol, mas ele me repeliu com um olhar de ódio.
— Não, — ele disse — eu quero ir embora. Meu verdadeiro pai me chama.
— Quem é o seu verdadeiro pai? — indaguei.
Os olhos de Luiz miraram um ponto ao pé da cama, instintivamente, eu também olhei pra lá e, por um segundo, tive a impressão que um vulto ou sombra estava de pé ali. Recuei para a porta.
— Mas não queremos que você vá, meu filho — Tatiana choramingava.
— Eu preciso — e, ao dizer isto, Luiz se virou da cama, insinuando que pretendia dormir.
Depois desta noite, eventos mórbidos passaram a nos atormentar. Até aquele momento, nosso filhinho nunca havia deixado seu quarto, mas, agora que ele queria partir, Luiz fazia questão de incomodar nossa rotina. Certa vez, enquanto eu tomava banho, ouvi um risinho do outro lado da cortina, e uma silhueta que se aproximava. Abri uma fresta, Luiz me encarava, tapava a boca, ria.
Noutra vez, Tatiana cozinhava, o som duma gaveta se abrindo. Era Luiz, faca afiada na mão, apontando para minha esposa:
— Posso te ajudar, mamãe?
Mas o pior foi quando eu e Tatiana fazíamos amor, ela sobre mim, olhos fechados, minhas mãos nos seios dela, e meus pelos todos se arrepiaram, senti a presença de alguém e avistei, nas sombras, num canto, o crânio afundado de Luiz. Brochei e, ao mesmo tempo, tomei uma resolução:
— Tatiana, precisamos nos livrar deste menino!
Naquela mesma noite, fomos ao quarto do Luiz e o informamos:
— Você nos pediu para o deixarmos partir. Pode ir, quando quiser.
Mas a resposta do nosso filho foi enigmática:
— Não é tão simples, papai. Vocês têm de me deixar ir.
Não entendemos. Desde a mudança de comportamento dele, tudo que mais desejávamos era que ele fosse embora, deixasse-nos em paz. Mas ele não ia, continuava nos pregando sustos, espionando-nos, abrindo gavetas e portas de armários.
A herança católica de Tatiana falou mais alto, ela correu para a igreja que não frequentava há anos e implorou auxílio ao padre. Este veio, passeou por nosso apartamento, requisitou entrada no quarto de Luiz, por fim, emitiu seu parecer:
— Não vejo nada de extraordinário aqui, minha filha. Isto não é obra de demônio.
Mas, mesmo assim, sob súplicas de Tatiana, ele concordou em benzer nossa casa, espargindo água-benta por todos os cômodos.
De nada adiantou, Luiz continuava lá e, agora, zombava de nossos esforços para nos livrarmos dele. Ele estava muito transformado, pouco recordava aquele menino doce que havia sido nosso filho, era apenas um ser diabólico, uma criatura deformada e irônica.
Após o padre, perfizemos uma sucessão de “profissionais” na área da paranormalidade, um médium espírita, um pai-de-santo, um pastor, mas ninguém conseguia nos ajudar.
Na TV, vimos um programa no qual aparecia uma mulher que dizia falar com os mortos, conversou ao telefone com telespectadores e revelou informações impressionantes sobre eles. Esta entrevista nos convenceu a ligarmos para esta mulher e a chamarmos para nos auxiliar com Luiz.
Ela veio, entrou sozinha no quarto e saiu dele assustadíssima
— Eu conversei com seu filho — ela nos disse — com o ser que um dia foi ele, quero dizer. Ele quer partir, mas vocês não deixam. Luiz está acorrentado a esta casa.
— O que devemos fazer? — eu me desesperava.
— Não é nada simples. Enquanto o corpo e a memória de Luiz ainda existirem, ele não partirá. Façam o que eu digo e tenho certeza de que tudo ficará bem.
Seguindo as indicações da médium, dirigi-me a uma casa de ferragens; em casa, Tatiana estava incumbida de esvaziar o quarto de Luiz, queimar as roupas deles e todos os objetos e brinquedos que lhe eram caros.
Para não ser apanhado, esperei anoitecer, pulei o muro do cemitério e, auxiliado por uma lanterna, encontrei o túmulo de Luiz. Com uma picareta, derrubei a abertura inferior do túmulo, retirando os tijolos. Avistei o caixãozinho dele e já podia puxá-lo para fora.
Ainda com a picareta, abri a tampa do caixão, revelando o esverdeado corpo apodrecido de Luiz, porém, eu estava tão acostumado com este aspecto dele, pois era assim que ele se manifestava a nós, que nem me impressionei. Abracei o cadáver e o tirei do esquife, jogando-o sobre um lençol, no qual o enrolei.
Reinseri o caixão vazio no túmulo, lancei o corpo embrulhado no ombro e me apressei a deixar o cemitério, arremessando Luiz por sobre o muro, secundando-o sem demora.
Dirigi por horas, até chegar a uma estrada de terra. Na madrugada, enveredei-me por uma trilha no matagal. Quando atingi um local que considerei seguro, estacionei e removi o cadáver do porta-malas.
Este seria o momento mais difícil, seguir passo-a-passo as prescrições da médium. Utilizando-me duma agulha para couro e um grosso barbante, costurei a boca de Luiz; em seguida, com um serrote, separei a cabeça do corpo; por fim, embebi o defunto em querosene e ateei fogo.
Levei muito tempo alimentando as chamas, até que os restos mortais se tornassem irreconhecíveis. Cavei uma cova com quase um metro de profundidade e sepultei Luiz. O sol estava nascendo. 
Voltei para casa arrebentado. Cheguei e fui direto para o quarto do Luiz, completamente vazio, as cortinas abertas, um local bem diferente, renovado, luminoso. Tomei um banho e fui me deitar, ronquei até, pelo que Tatiana me contou. Sentíamos bem, um peso havia sido erguido de nossas costas, prometíamos a nós mesmos que nos esqueceríamos de tudo e, talvez, um dia, até riríamos do que aconteceu.
Assistíamos televisão no quarto, ouvi um ruído vindo de fora. Tatiana segurou minha mão.
— O que foi isto, Afonso?
— Não sei — levantei-me, fui até a porta e a abri um pouco. Espiei, não vi nada, mas o ruído continuava, no quarto que havia sido do Luiz. Na ponta dos pés, caminhei até lá e entrei. O terror me dominou, absurdamente, incompreensivelmente, o quarto de Luiz estava todo reconstruído, os móveis, os brinquedos, a decoração, e, sentado no chão, estava um ser carbonizado, costuras na boca e a cabeça se equilibrando sobre o pescoço.
A criatura me fitou com olhos ensanguentados e murmurou por entre as costuras:
— Por que você não me deixa ir, papai?
Desde então, somos obrigados a conviver com esta aberração. Mantemos o quarto sempre fechado, fingimos não percebermos quando Luiz nos espia, ou passa correndo, derrubando algum objeto da sala. É difícil, mas somente assim conseguimos manter a sanidade e continuar nossas vidas.
Este é o nosso segredo, meu e de Tatiana, e, às vezes, me angustia a certeza de que Luiz só sossegará quando eu e ela também estivermos mortos. Somente assim, ele poderá partir.

Fonte: Fantasmas, Vampiros, Demônios e histórias de outros Monstros — Henry Alfred Bugalho — Oficina Editora, 2013.

22 de março de 2016

As Vozes dos Mortos


Com a multiplicação da parafernália eletrônica nos últimos anos, não faltam opções para os mortos que quiserem enviar suas mensagens aos vivos. Até o home theater de sua casa pode servir de meio de comunicação com o outro mundo. 
Durante 20 anos, Konstantine Raudive gravou 72 mil vozes em fitas magnéticas. Não, ele não trabalhava num estúdio ou numa produtora de áudio. Dizem que os sons registrados por esse psicólogo e filósofo letão vinham do além. Ele era especialista em EVP (abreviatura em inglês de “fenômeno da voz eletrônica”), uma das principais manifestações da transcomunicação instrumental – o contato entre mortos e vivos por meio de objetos inanimados. Raudive gostava tanto da sua coleção de frases e recados de espíritos que, até hoje, continua ajudando os estudiosos do assunto. O macabro dessa história é que ele morreu em 1987. A americana Sarah Estep, autora do livro Voices of Eternity (“Vozes da Eternidade”), afirma que volta e meia Raudive aparece nas ondas do rádio de algum colega ainda em atividade na Terra, enviando mensagens em prol da divulgação do fenômeno. 
Febre na década de 70, o EVP voltou recentemente das trevas graças ao filme Vozes do Além (de Geoffrey Sax, 2005). Ele conta a história de um arquiteto (vivido por Michael Keaton) que começa a receber declarações de sua finada esposa em gravações caseiras. No início ele é cético quanto à autenticidade das vozes, mas, aos poucos, fica obcecado com a idéia de conversar com a amada que partiu. 
Nos anos 20, o americano Thomas Edison – o mesmo que inventou a lâmpada elétrica – previu que, um dia, o homem seria capaz de construir uma máquina para falar com os mortos. Ele nem chegou perto de patentear tal equipamento, mas despertou o interesse de cientistas e religiosos, principalmente os ligados ao espiritismo. Nas décadas de 30 a 50, ganhou força a tese de que os espíritos poderiam enviar mensagens por meio de rádios, vitrolas e outros equipamentos eletrônicos. 
Em 1952, o frade franciscano Agostino Ernetti e o monge beneditino Pellegrino Gemelli copiavam cantos gregorianos num gravador de rolo. De repente, a fita arrebentou. Gemelli olhou para o céu e, em tom de brincadeira, pediu ajuda a seu pai. Mais tarde, no meio das músicas, escutaram a voz do pai de Gemelli dizendo: “Certo, vou ajudá-lo. Estou sempre com você”. Chocados, eles repetiram o experimento, e a mesma voz disse: “Zucchini, é claro, você não sabe que sou eu?”. Zucchini era o apelido de criança de Gemelli e ninguém, além dele próprio e do pai, sabia. Os dois contaram a história ao papa Pio XII, mas o caso só veio à tona em 1994, pouco antes de Ernetti morrer. 
O acaso também pegou o produtor ucraniano Friedrich Jürgenson. Em 1959, ele gravava sons de pássaros para um filme, quando captou o que acreditou ser a voz de sua falecida mãe: “Friedrich, você está sendo observado. Friedel, meu pequeno Friedel, você pode me ouvir?”. Impressionado, nos quatro anos seguintes, Jürgenson se aprofundou no estudo do EVP e registrou centenas deles, tornando-se um dos pioneiros da área. 
Rádios fora de sintonia, com aquele angustiante barulho de estática, e o silêncio dos cemitérios são os lugares preferidos do pessoal ligado em EVP. Como estamos cada vez mais rodeados de eletrônicos, podemos supor que aumentou muito a chance de encontrar um morto desesperado para trocar umas idéias com os vivos. No século 21, televisão, computador, videocassete, CD e DVD, fax e telefone celular podem conter uma mensagem do além com a mesma eficiência das fitas das primeiras experiências. Os espíritas são grandes incentivadores do estudo do fenômeno, por acreditarem na interação entre os mundos de cá e lá. Na falta de uma pessoa com poderes mediúnicos, os espíritos se manifestariam por meio das máquinas domésticas. Assim, o home theater da sua casa serviria de médium entre mortos e vivos. 
O que pensam os céticos disso tudo? “Hoje, parapsicólogos sérios não se interessam por EVP, e a literatura moderna da parapsicologia não mostra qualquer evidência de paranormalidade nessas gravações”, escreve o psicólogo americano James Alcock, integrante do Comitê de Investigação Científica das Alegações de Paranormalidade. As pretensas vozes seriam resultado da interferência de emissoras de rádio ou modulações cruzadas, quando os aparelhos eletrônicos captam acidentalmente transmissões em outras freqüências. O EVP também surgiria de ataques de pareidolia e apofenia, mecanismos perceptivos que levam as pessoas a ver imagens e ouvir sons que não existem. Os cientistas batem pesado no fato de que as gravações mostram geralmente frases isoladas, como “alô?”, “você está aí?” ou “não estamos sozinhos”. É só isso que os mortos têm para nos revelar? 
A polêmica entre defensores e detratores é tamanha que sobrou até para o padre católico Roberto Landell de Moura, o primeiro brasileiro a fazer uma transmissão experimental de rádio, em 1894, no alto da Avenida Paulista, em São Paulo. Os estudiosos da transcomunicação instrumental dizem que, paralelamente ao rádio, ele teria trabalhado numa máquina para falar com os mortos – inclusive, teria obtido sucesso na empreitada. Já os céticos afirmam que, como o homem era um católico convicto, dificilmente teria tentado se comunicar com o além, um assunto que, certamente, desagradaria o Vaticano. 
Moura era visto andando com um pacote embaixo do braço, no qual guardava as peças do seu primeiro transmissor. Ele queria provar que era possível conversar com uma pessoa a quilômetros de distância sem o uso de fios. Hoje, a comunicação sem cabos chega a ser banal, mas no final do século 19 soava a bruxaria. Tanto que alguns paroquianos descontentes destruíram a oficina do padre-inventor. Outros contaram que escutaram bate-papos estranhos do padre com uma caixinha de madeira. 
Mentes despreparadas para a revolução do rádio teriam concluído que Moura se comunicava com o além? Ou ele realmente tentou montar a sonhada máquina de Thomas Edison? Esse é mais um capítulo da eterna batalha entre a razão e a fé, na qual os fantasmas parecem ser os únicos que se divertem. 

Texto de Leandro Steiw (Read more: http://contosassombrosos.blogspot.com)

21 de janeiro de 2016

As visões do profeta Ezequiel.



Os Livros Sagrados não são, nem jamais pretenderam ser, fontes de informação científica e, portanto, não servem de argumento comprobatório para os fenômenos neles escritos, porém, vejam que fantástico esse trecho retirado da Bíblia Sagrada sobre o profeta Ezequiel:

"Aconteceu no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, quando eu me encontrava no Rio Chebar entre os exilados. Lá se abriu o céu...eu, porém, vi como veio do norte um vento tempestuoso e uma grande nuvem, envolta em resplendor e incessante fogo, em cujo centro refulgia algo como metal brilhante.

E bem ao meio apareceram vultos como de quatro seres vivos, cujo aspecto se assemelhava a vultos humanos. E cada um tinha quatro rostos e cada um quatro asas. Suas pernas eram retas e a planta de seus pés era como a planta do pé de um bezerro e brilhavam como metal polido".

Nesse momento vale a pena pensar no Deus Onipresente das religiões: tem esse Deus necessidade de vir correndo desabaladamente de uma determinada direção? Não pode Ele, sem espalhafato ou alarde, encontrar-se lá onde deseja estar? Sigamos a narração-testemunho do profeta Ezequiel:

"Além disso vi, ao lado dos quatro seres vivos, rodas no chão. O aspecto das rodas era como o vislumbre de um crisólito e as quatro rodas eram todas da mesma conformação e eram trabalhadas de modo tal como se cada roda estivesse no meio da outra. Podiam andar para todas as quatro direções, sem virar-se ao andar.

E eu vi, que tinham raios e seus raios estavam cheios de olhos em toda a volta das quatro rodas. Quando os seres vivos andavam a seu lado e quando os seres vivos se elevavam do chão, também as rodas se elevavam".

A narração é estupendamente precisa, porém, de acordo com os atuais conhecimentos ele viu algo parecido com os veículos espaciais que os americanos usam nas areias do deserto e em regiões pantanosas...

20 de janeiro de 2016

Aviso Macabro


Foi na ilha de Peel, conhecida pelas suas lendas eassombrações que se deu o inexplicável caso de telepatia que vamos referir: um senhor, dignode todo crédito, contou que, indo visitar as ruínas de famoso castelo, uma tarde, sentiu, repentinamente, a cabeça tonta e procurou um banco para sentar-se. Havia uma pedra perto da torre principal do castelo e ali o visitante descansou.
Caiu em sono esquisito e começou a sonhar, mas o sonho era tão claro que mais parecia realidade.
Ao acordar, estava de tal maneira impressionado que tomou nota na sua carteira do que se havia passado: vira um homem, vestido de preto e muito pálido, chegar a ele e 
dizer: 
— Senhor, um estrangeiro acaba de ser vítima de sério acidente, venha depressa. 
Acompanhando o interlocutor, entrou numa sala onde diversas pessoas rodeavam o corpo de um rapaz que tinha a cabeça horrivelmente ferida. “A morte devia ter sido instantânea”, disse o homem que o havia chamado, “pois do elevado morro em que ele estava ninguém cairia sem morrer imediatamente”. 
— Isso não é verossímil, retorquiu outro homem presente, porque o relógio que está no bolso do colete não parou, portanto ele não caiu, nem houve choque violento. 
— Conhece-o? — perguntou ao homem que o chamara. 
— Pessoalmente, não, mas sei que morava no mesmo hotel em que estou. Neste ponto o visitante de Peel acordou. 
Passados três anos, o mesmo homem que tivera o sonho no castelo mal assombrado, estava em um hotel na Itália. Uma tarde passeava no parque quando um senhor pálido, evidentemente o mesmo do sonho, veio chamá-lo, para ver um estrangeiro que sofrera um acidente. Ao chegar ao salão do hotel, viu a perfeita reprodução da cena da visão de havia três anos, inclusive o detalhe do relógio. 
Nunca se soube como se dera a morte do rapaz, apesar do tal homem de preto dizer que devia ter sido causada pela queda do alto do morro. Mas o relógio andando afastava toda a possibilidade dessa asserção. O senhor que sonhara, sempre desconfiou que se tratasse de um assassinato e que o culpado fosse o homem de preto que o chamara em sonho e acordado. 
Mas o crime ficou impune.