21 de julho de 2016

O misterioso punhal de Tutacamon



                                     Foto / Crédito: Daniella Comelli, Politecnico di Milano.

Um achado para se somar a uma lista de outros não menos extraordinários sobre o misterioso Tutancâmon: cientistas descobrem que o metal da arma branca do faraó adolescente não é coisa deste mundo.
Mais um dos mistérios que envolvem o faraó Tutancâmon foi desvendado. Segundo uma pesquisa publicada na revista norte-americana Meteoritics e Planetary Science, o punhal encontrado junto a múmia foi, de fato, feito com material vindo de um meteorito.
Desde 1925, cientistas tentam comprovar as "lendas" egípcias que citavam o "ferro que caiu do céu". Agora testes científicos feitos com técnicas de fluorescência de raios X indicaram que a lâmina contém 10% de níquel e 0,6% de cobalto, concentrações de substâncias encontradas em meteoritos metálicos.
O estudo também confirma o valor que os antigos egípcios davam para o ferro dos meteoritos, usados para a produção de objetos preciosos, como o punhal do faraó.
"O uso esporádico de ferro tem sido relatado na região do Mediterrâneo Oriental desde o período Neolítico até a Idade do Bronze. Apesar da rara existência de ferro fundido, é geralmente assumido que os primeiros objetos de ferro foram produzidos a partir de ferro de meteoritos", diz o artigo. "Nosso estudo confirma que os antigos egípcios atribuíam grande valor ao ferro de meteoritos para a produção de objetos preciosos. Além disso, a alta qualidade da fabricação da lâmina do punhal de Tutancâmon, em comparação com outros artefatos simples feitos de ferro de meteoritos, sugere um domínio significativo da artesania do ferro na época de Tutancâmon."
A pesquisa é fruto de uma parceria ítalo-egípcia e recebeu apoio de universidades italianas de Milão, Turim e Pisa, além do museu do Cairo. 
O faraó Tutancâmon, conhecido como "faraó menino", se tornou a múmia mais famosa do mundo e tem sido alvo de curiosidade de diversos historiadores que desejam desvendar mais mistérios sobre aquele que foi o mais jovem mandatário do antigo Egito. Falecido aos 19 anos, em 1.324 a.C, ele reinou por nove anos. 
O novo achado vem se somar a uma série de fatos extraordinários sobre o faraó, que assumiu o poder aos 9 anos e morreu provavelmente com 19. Seu corpo, descoberto em 1925, foi encontrado com o pênis ereto - não se sabe como ou por que os egípcios o embalsamaram nesse estado.
Outra surpresa é que a análise da múmia revelou que o corpo pegou fogo depois de morto - possivelmente uma combustão espontânea acendida por algum erro no processo químico de embalsamamento. As surpresas não param aí. Este ano, cientistas detectaram sinais de uma câmara secreta na tumba do faraó criança, e agora eles estão em busca de ainda mais tesouros.

Ansa / Denis Russo Burgierman (02/06/2011


3 de maio de 2016

Eliza Battle, o navio fantasma...


                       
O Eliza Battle era um luxuoso barco a vapor que navegava no rio Tombigbee, numa rota entre Columbus, Mississippi e Mobile, Alabama, durante a década de 1850. Foi inaugurado em Indiana em 1852 e que regularmente divertia presidentes e VIPs. 
Em uma noite fria de fevereiro de 1858, quando navegava perto de Pennington, Alabama, o desastre aconteceu.
Um incêndio iniciou em fardos de algodão no convés principal se espalhando rapidamente. Fora de controle o navio afundou. Homens morreram em esforços para salvar suas mulheres e entes queridos e mulheres morreram tentando salvar seus filhos. Foi o maior desastre marítimo da história do rio Tombigbee, com uma estimativa de trinta e três pessoas mortas, dos presumíveis sessenta passageiros e quarenta e cinco tripulantes.
O navio afundou cerca de 8 metros e seus restos permanecem por lá até hoje.
Durante as enchentes da primavera, tarde da noite durante a lua cheia, o barco pode ser visto saindo da água e flutuando no rio, com música e queima de fogos no convés. Às vezes apenas o contorno do navio é avistado.
Dizem que é possível ver uma placa com o nome Eliza Battle ao lado do navio. Pescadores locais acreditam que avistar a embarcação é sinal de tragédia iminente e maus presságios.
Esse desastre e suas consequências viram o Eliza entrar no folclore do sudoeste do Alabama como um navio-fantasma, com inúmeras aparições do navio em chamas a partir do norte de Pennington para Nanafalia rio abaixo.
A história do desastre e do folclore associados viraram ficção em inúmeras histórias publicadas, mais notavelmente em “The Phantom Steamboat of the Tombigbee”, um pequeno conto que faz parte do livro "13 Alabama Ghosts and Jeffrey" (livro publicado em 1969, de autoria da folclorista Kathryn Tucker Windham e Margaret Gillis Figh).